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Fraturas de fragilidade: a importância do diagnóstico precoce

Apesar da osteoporose ser uma patologia silenciosa, afeta cerca de 800 mil portugueses e apresenta um elevado impacto físico, psicológico e socioeconómico, sendo anualmente responsável por cerca de 40 mil fraturas ósseas. Com o propósito de combater estes números a nível nacional, a Associação Nacional das Farmácias (ANF) lançou, no dia 12 de maio, com o apoio da Amgen, uma iniciativa de sensibilização e consciencialização em relação à doença e aos fatores de risco associados, promovendo um rastreio ao nível nacional nas farmácias aderentes.

Esta iniciativa permitiu informar os doentes, os seus cuidadores e familiares acerca da principal consequência da osteoporose, as fraturas por fragilidade resultantes da deterioração óssea, e permitiu reforçar o conhecimento acerca dos fatores de risco associados, como por exemplo a idade, e acerca dos cuidados a ter com o estilo de vida, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a redução ou ausência de atividade física. Contou ainda com uma avaliação dos fatores de risco associados à osteoporose especificamente na população feminina portuguesa com 50 ou mais anos.

Os resultados do rastreio: uma parceria de sucesso

Com base no questionário da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) sobre os riscos da osteoporose, ao longo do mês de maio foram rastreados um total de 1.343 indivíduos, cuja idade média calculada foi de 62 anos, resultantes da adesão de 102 farmácias comunitárias portuguesas. Esta iniciativa permitiu obter uma estimativa da prevalência destes fatores a nível nacional e regional, e, ainda permitiu, realizar uma avaliação das características sociodemográficas da população rastreada.

Mediante a análise dos dados deste rastreio, foi possível determinar que mais de 90% dos indivíduos estava em risco de osteoporose, sendo estes caracterizados por uma idade e IMC superiores e grau de escolaridade inferior, quando comparados com os indivíduos que não apresentam risco de osteoporose.

Foram, ainda, identificados os fatores de risco mais frequentes, sendo eles: tratamentos anteriores ou concomitantes (76.3%), idade (67.5%) e outras doenças (54.9%), os quais apresentam uma significativa prevalência a nível nacional (92%) e regional. A nível regional, é no Centro e no Alentejo que os valores são superiores, 95.1% e 93.2%, respetivamente, e inferiores no Algarve (89.3%) e Lisboa e Vale do Tejo (89.8%).

De acordo com os dados indicados anteriormente, foi possível concluir que aproximadamente 1 em cada 2 participantes tem pelo menos 3 fatores de risco para a osteoporose e que indivíduos com menor grau de escolaridade e não empregados são mais propensos a possuir os referidos fatores de risco.

A importância do rastreio precoce!

A realização deste rastreio e avaliação dos fatores de risco demonstraram ser de extrema importância, uma vez que permitem aos médicos determinar os grupos prioritários para um acompanhamento adequado visando a redução do risco de osteoporose. É ainda fundamental referir que esta iniciativa demonstrou ser muito relevante para ajudar a consciencializar as pessoas da importância da sua própria intervenção no que respeita aos seus fatores de risco, uma vez que, através da sua avaliação, é possível serem orientados para uma intervenção precoce e mais eficaz.

Numa última nota, é de salientar a importância da prevenção na redução do impacto que a osteoporose pode ter na qualidade de vida dos portugueses, fator que orientou, em todos os momentos, a realização desta iniciativa, que, com a ajuda da ligação das farmácias, permitiu reunir os dados para intervir em prol da saúde pública.

PT-AMC-1021-00001 – Outubro 2021

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