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Prof. Davide Carvalho

Prof. Davide Carvalho Presidente da Sociedade Portuguesa De Endocrinologia Diabetes E Metabolismo (SPEDM) FATORES DE RISCO PARA A OSTEOPOROSE A osteoporose é uma doença caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitectura do osso, condicionando aumento da sua fragilidade, como consequência pode levar ao aumento do risco de fraturas. A primeira manifestação clínica da osteoporose dá-se com as fraturas dos ossos, o que causa significativo impacto na social e profissional qualidade de vida do doente. O rastreio à osteoporose está recomendado sobretudo a todas as mulheres, com mais de 65 anos, já que são o grupo que registam uma maior prevalência da doença e, nos homens a partir dos 70 anos.

Existem alguns fatores de risco transversais ao diagnóstico da osteoporose e aos quais se deve prestar alguma atenção. Apesar de alguns deles não serem modificáveis, existem alguns que estão relacionados com o nosso estilo de vida e que têm um efeito benéfico na saúde de cada um de nós.

Para além do sexo, a idade é, sem dúvida, um fator de risco a considerar, uma vez que fisiologicamente existe uma perda natural de massa óssea o que torna os ossos mais frágeis e sujeitos a fraturas. Também os genes podem determinar o risco de desenvolver osteoporose. Os estudos indicam que se um dos progenitores sofreu uma fratura, existe uma maior probabilidade de sofrer de fraturas de fragilidade. Se já se verificou alguma fratura prévia, existe também uma maior possibilidade de sofrer nova fratura no futuro.

A redução da densidade mineral óssea é bastante comum na pós-menopausa devido à diminuição dos níveis de estrogénios. A menopausa enfraquece os ossos e aumenta os riscos de fratura, o que torna as mulheres um grupo com maior risco de desenvolvimento de complicações da osteoporose.

Existem algumas doenças relacionadas com distúrbios hormonais e metabólicos, como o hipertiroidismo, que podem também estar relacionadas com o aparecimento de problemas ósseos.

Mas existem fatores que podemos controlar e estão ao alcance de todos, uma vez que estão relacionados com o estilo de vida. As atividades menos saudáveis devem ser evitadas para poder viver uma vida mais ativa e saudável. Estilos de vida ativos e saudáveis podem levar a uma diminuição do desenvolvimento de várias doenças, tais como a osteoporose, doenças cardiovasculares e a diabetes, por exemplo.

Uma dieta rica em cálcio, na qual deve ser evitado o consumo excessivo de álcool e de tabaco, pode certamente ter implicações positivas na saúde em geral e, em particular, na saúde dos ossos. A atividade física, é um fator igualmente importante. Escolha um desporto que lhe agrade ou faça caminhadas ou corridas, evitando uma vida sedentária.

Prof. Davide Carvalho

Presidente da Sociedade Portuguesa De Endocrinologia Diabetes E Metabolismo (SPEDM)

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